Delegados da 116ª Plena discutem conjuntura e definem estratégias para mobilizar marcha a Brasília

A 116ª Plenária do Sinasefe contou com mais de 100 participantes, começou na manhã do último sábado (6) com leitura e destaques dos pontos de pauta e palestras de formação sindical ministrada por Rodrigo Ávila, economista da Auditoria Cidadã da Dívida e Paulo Barela, representante da CSP-Conlutas, que dissertaram sobre a crise econômica, orçamento e previdência social no Brasil que remete recursos em favorecimento da burguesia capitalista (apresentação de slides de Rodrigo Ávila). No período da tarde, a Direção Nacional e as Seções Sindicais deram seus informes gerais e em seguida foi realizada a análise de conjuntura. Os delegados encaminharam que as Seções realizem rodadas de assembleias para promover a Marcha a Brasília no dia 24 de abril

Ainda sobre as Palestras de formação sindical, Rodrigo Ávila argumentou com base em estatísticas que a origem da crise no Brasil é fruto da nossa dívida ativa que o governo tenta mascarar. “Nossos recursos são destinados para a amortização de dívidas com o capital financeiro e, para saldar dívidas”, esclareceu Ávila, informando também que o governo implementa as reformas neoliberais que privatizam o setor público e atendem exclusivamente à ditadura do mercado.

Em 2012, apenas 3,34% do Orçamento Geral da União foi destinado para a educação em contrapartida 43,98% (R$ 753 bilhões) desse orçamento foi voltado para o pagamento de juros e extinção de dívidas, aclarou o economista que ainda exemplificou: “Com isso, temos um grande paradoxo no Brasil: o país possui a 7ª economia mundial, 3ª pior distribuição de renda do mundo e ocupa o 85º lugar no ranking do Índice de desenvolvimento Humano – IDH”.

“Foi possível alcançar uma grande vitória como a greve do ano passado, que formulou uma importante aliança entre os trabalhadores e este é o caminho para a ruptura do Estado Burguês”, afirma Paulo Barela ao analisar o Fator Previdenciário e as tentativas do governo em implantar a Fórmula 85/95 e 95/105 que usurpam os direitos de aposentadoria digna. O cálculo do Fator Previdenciário leva em conta a idade, o tempo de contribuição, a expectativa de sobrevida e a média dos salários de contribuição. O Fator é injusto por forçar os trabalhadores a se aposentarem com idades mais avançadas em troca de manterem o salário da ativa.

Fonte: www.sinasefe.org.br