Brasil precisa voltar a ser protagonista na cobertura vacinal

O Programa Nacional de Imunizações do Brasil completa 50 anos como um modelo global de sucesso, destacando-se pela capacidade de aplicar centenas de milhões de doses de imunizantes gratuitos e seguros em mais de 5 mil municípios. Com 20 vacinas que erradicaram doenças como poliomielite, tétano neonatal e rubéola congênita, o PNI é uma referência mesmo para países desenvolvidos.

O Brasil tem sido reconhecido internacionalmente pela eficiência de seu programa de imunização, colaborando com países como Suriname e Angola, ministrando cursos e compartilhando expertise em saúde pública. Além disto, tem cooperado com organizações como a OMS (Organização Mundial da Saúde) e o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), e leva boas práticas em imunização para nações de renda média e baixa.

O SUS (Sistema Único de Saúde) desempenha um papel fundamental neste sucesso, pois fornece um sistema público e universal de saúde que chega a todos os cantos do país. O sistema é elogiado pela capilaridade e gestão unificada, que garantem que a vacinação alcance até mesmo as áreas mais remotas do território nacional.

No entanto, o Brasil enfrenta desafios recentes, com quedas nas coberturas vacinais desde 2015, que ameaçam a reintrodução de doenças previamente controladas, como o sarampo. As propagandas antivacina, principalmente no governo Bolsonaro, foi uma vergonha para o país durante os últimos anos.

Com isto, o governo Lula, que foi exemplo de vacinação durante os governos anteriores, está empenhado em reconstruir a confiança no programa, fortalecendo a mobilização da população e restaurando altas coberturas vacinais.