Entidades sindicais se unem contra a Reforma Administrativa
Quem acompanha a conjuntura política de Brasília percebe, já há algumas semanas, as movimentações do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e seus companheiros para convencerem o governo Lula a passar a infame PEC 32, chamada de Reforma Administrativa. A proposta – que coloca nas costas das servidoras e servidores públicos a responsabilidade por um suposto déficit ou inchaço da máquina pública – ainda tramita no Congresso Nacional e pode ser pautada já neste semestre legislativo.
Vale relembrar que a PEC 32 foi concebida durante o governo Bolsonaro, que apresentou o texto ao Congresso em 2020, e seguiu sendo aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e também por uma Comissão Especial. Encaminhada ao Plenário, a medida se encontrava estagnada deste então, diante da forte rejeição por parte da população, porém, movimentos recentes do presidente da Câmara em acenos feitos ao presidente Lula acenderam o sinal de alerta dos sindicatos.
Nos últimos meses, entidades sindicais se uniram e solicitaram ao governo Lula que retirasse a PEC 32 de pauta, uma vez que o texto é de iniciativa do Poder Executivo. Porém, o grupo esbarrou em um impasse, pois pela medida já possuir relatório aprovado em comissão agora está nas mãos do Legislativo, não dependendo mais do presidente para ser retirada de tramitação.
Nesta terça-feira (12/09), lideranças de entidades representativas do funcionalismo se reúnem com deputados e senadores da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público para consolidar decisões conjuntas e traçar rumos do combate à PEC.
